quarta-feira, 5 de novembro de 2014

NÃO DISPENSEM O PENICO A TAIS VÓMITOS

A soldadesca portuguesa de licenciados, em número de 17%, torna-se – como se pode amavelmente aperceber – uma inutilidade terrificante frente à talentosa hoste pensante alemã dos 25%. Apesar da discrepância dos números, a embevecida gnose merkeliana enxerga nesta risível desproporção um espavento que este país de gente bruta e grosseira não merece. A saloiice da arte é simples; faz-se sobressair uma relação improvável (o desemprego como consequência de muito saber desacertado) para dar forma e sentido a uma lógica que à problemática (do desemprego) acrescenta ficções e nunca soluções. Como nos diz hoje[1] Ferreira Fernandes, a Angela veio a Portugal falar para os seus, bolçando: “Com essas ilusões das universidades, os cafres não andam a mandar os serralheiros de que vocês precisam”. Estes indómitos alemães há muito que empurram as suas fronteiras geográficas para as raias dos seus esganados interesses. Este regurgitar é histórico e, por isso, evocar o sentido da história não faz mal a ninguém, sobretudo às suas costumeiras presas.


[1] Diário de Notícias (5 de novembro de 2014)

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