quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O COLAPSO DO ESTADO AINDA NÃO É INEVITÁVEL

Não procuro invocar uma certeza nem tão-pouco uma evidência. Cito apenas uma proporção intrincada que se combina e se expressa numa insciência ética e política que vai exaurindo a própria democracia.

O que sucede em Portugal merece meditação séria. Há 40 anos, a Assembleia Constituinte parecia uma Academia das Ciências. Hoje, com algumas exceções mais ou menos visíveis, a política de topo tornou-se um lugar tendencialmente mal frequentado. Por ambições vazias. Por distraídos bem-intencionados. Por coladores de cartazes que ficaram na fila à espera de serem servidos. O colapso do Estado ainda não é inevitável, escreve (de um modo provocatório, acrescento eu) Viriato Soromenho-Marques, em A roda do oleiro (artigo de opinião, Diário de Notícias de 16.10.2014)

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